Como montar uma estratégia de resgate de pontos que faz seu dinheiro crescer. Dinheiro escondido no cartão pode parecer pouco agora, mas com uma boa estratégia de resgate, ele vira um investimento que cresce todo mês, mesmo com valores pequenos.
Se você acumula pontos no cartão de crédito e quer usá-los com inteligência, o segredo está em planejar.
Não adianta deixar os pontos parados esperando um dia “ter bastante”.
Nem sair trocando por qualquer coisa sem avaliar o retorno.
Neste episódio, você vai aprender a montar uma estratégia prática de resgate por etapas, sem esforço, mas com impacto real no seu patrimônio.
O que significa ter uma estratégia de resgate?
É saber o momento certo de trocar os pontos, com foco no valor que eles podem gerar a longo prazo.
No exemplo que estamos usando, o melhor custo-benefício para quem quer acumular é o cofrinho que rende 100% do CDI.
Mas mesmo essa opção precisa de planejamento:
- Não dá para trocar menos de 50 pontos
- O rendimento cresce com o tempo
- A frequência da troca afeta o resultado final
Ou seja, quanto antes você começar a usar os pontos com constância, maior será o valor no futuro.
Simule com o que você já tem
Vamos imaginar o seguinte cenário real:
Você tem hoje 321 pontos acumulados.
Pode trocar 300 pontos agora por R$ 6,00 no cofrinho.
Sobram 21 pontos, que ficam esperando a próxima fatura.
Nos meses seguintes, as novas faturas geram:
- Agosto: 54 pontos
- Setembro: 50 pontos
- Outubro: 35 pontos
- Novembro: 29 pontos
- Dezembro: 15 pontos
Total de pontos garantidos até o fim do ano: 504 pontos
Estratégia: trocas de 50 em 50
Se você trocar sempre que acumular 50 pontos, o valor vai entrando no cofrinho mês a mês.
Mês | Pontos trocados | Valor no cofrinho |
Julho | 300 | R$ 6,00 |
Agosto | 50 | R$ 1,00 |
Setembro | 50 | R$ 1,00 |
Outubro | 50 | R$ 1,00 |
Dezembro | 50 | R$ 1,00 |
No fim do ano, você terá investido R$ 10,00 com dinheiro que saiu de pontos, não do seu bolso.
E como o cofrinho rende 100% do CDI (cerca de 0,85% ao mês em 2025), o valor cresce com o tempo.
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O impacto real: juros compostos
Se os R$ 6,00 de julho começarem a render agora, em cinco meses já viram aproximadamente R$ 6,26.
Parece pouco?
É o começo do efeito dos juros compostos.
Quanto mais cedo você coloca os pontos para trabalhar, mais tempo o dinheiro tem para crescer.
Se repetir essa lógica todo ano, o valor acumulado pode ser usado depois para investir em ações, fundos imobiliários ou o que fizer sentido na sua carteira.
O que fazer com os pontos que sobram?
Sempre vai sobrar alguma coisa (21 pontos aqui, 39 ali…).
A dica é simples: não se preocupe com os restos.
Eles se somam com os próximos pontos das faturas e, logo, viram novas trocas.
O foco está em criar o hábito de trocar com regularidade, sempre que atingir múltiplos de 50 pontos.
Conclusão: consistência vence volume
Dinheiro escondido no cartão não cresce sozinho.
Mas quando você resgata com frequência, mesmo valores pequenos viram um investimento de verdade.
Essa estratégia simples, leve e automática te aproxima do seu objetivo de acumular patrimônio, sem depender de grandes quantias ou decisões difíceis.
No último episódio da série, a gente amarra tudo isso:
Como transformar pontos em uma rotina de investimento — e por que isso importa mais do que parece.
O que é Cashback: como resgatar parte do dinheiro gasto com cartão de crédito?
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