Vale mais trocar pontos por desconto, dinheiro ou investimento? Dinheiro escondido no cartão pode virar várias coisas: desconto na fatura, dinheiro na conta, um cupom de sorteio ou até um investimento com rendimento real.
Mas entre tantas opções, qual vale mais a pena? Neste artigo, você vai entender como comparar cada escolha com base no que ela te entrega de verdade e não no que parece mais atrativo à primeira vista.
Quando os pontos se acumulam, a primeira sensação é de dúvida:
Será que uso agora? Melhor esperar? Troco por desconto?
Ou talvez por um valor na conta?
É natural sentir confusão.
As opções parecem muitas.
Porém, o que pouca gente faz é comparar o que cada ponto realmente vale e o que ele pode render.
Leia o primeiro artigo da série Dinheiro escondido no cartão: descubra como os pontos viram valor de verdade.
O que está em jogo quando você escolhe uma opção de troca?
Toda vez que você troca seus pontos, está fazendo uma escolha de valor.
Algumas trocas entregam retorno imediato.
Outras podem parecer vantajosas, mas rendem menos.
E há ainda aquelas que carregam risco ou promessa, como sorteios.
O segredo está em entender o valor por 100 pontos.
Vamos comparar as opções mais comuns, baseando-se em um programa real:
| Opção de troca | Valor por 100 pontos | Comentário |
| Desconto na fatura | R$ 2,50 | Maior retorno financeiro direto |
| Saldo na conta bancária | R$ 1,50 | Valor menor, mas com liberdade de uso |
| Cofrinho com rendimento (100% CDI) | R$ 2,00 | Bom valor + rendimento mensal automático |
| Conta internacional (em dólar) | R$ 1,77 em média | Menor valor, sujeito a variação do câmbio |
| Cupom de sorteio (“sortezinha”) | R$ 3,00 (valor facial) | Retorno incerto, baseado em sorte |
Quando escolher o desconto na fatura?
O desconto direto é a opção mais eficiente se:
- Você quer reduzir a fatura agora
- Está em um mês mais apertado
- Prefere ver resultado imediato
É a troca com maior valor financeiro garantido por ponto.
Mas atenção: se você não tem dívidas no cartão e está em um mês tranquilo, talvez valha pensar em algo mais estratégico.
Quando optar pelo dinheiro na conta?
Receber os pontos em forma de saldo pode ser tentador.
Mas o valor recebido por ponto é menor.
Essa opção só faz sentido se você realmente precisa daquele dinheiro agora para algo fora do cartão.
Ou se quer aplicar por conta própria em outro investimento.
E o cofrinho que rende 100% do CDI?
Essa é uma das escolhas mais interessantes se o seu foco for:
- Acumular patrimônio
- Deixar o dinheiro rendendo com segurança
- Trocar pontos por algo que cresce com o tempo
O cofrinho rende automaticamente, sem esforço.
Você aplica e esquece.
Quando quiser resgatar, o valor está lá, maior do que entrou.
E quanto à opção em dólar?
Converter para dólar pode parecer estratégico.
Mas, em geral, o valor é baixo e o risco é alto.
A cotação muda, o IOF incide, e o retorno só vale a pena se o dólar estiver alto e você for usar no exterior.
Caso contrário, o dinheiro fica parado, e sem rendimento.
Vale a pena trocar por cupom de sorte?
Aqui entra o fator risco.
Você troca pontos por algo que não tem valor garantido.
Pode ganhar… ou pode não ganhar nada.
Se o seu objetivo é acumular, essa é a pior troca.
Agora, se quiser testar por curiosidade, e só com uma parte pequena dos pontos, tudo bem.
Atenção: nunca aposte alto com pontos que poderiam virar dinheiro real.
O que é Cashback: como resgatar parte do dinheiro gasto com cartão de crédito?
Conclusão: faça a escolha que alinha valor com objetivo
Dinheiro escondido no cartão não pode ser desperdiçado.
A melhor troca depende de você.
Se a prioridade for alívio financeiro imediato, vá de desconto.
Quando quiser liberdade, vá de saldo.
Já se o foco for crescimento, o cofrinho com rendimento é o caminho.
O importante é escolher com consciência.
No próximo episódio da série, vamos mostrar por que a conversão para dólar parece vantajosa, mas pode esconder perdas reais. E quando, de fato, faria sentido usá-la.
